Em menos de um mês a onda de roubos que assola a nossa terra e as localidades vizinhas transformou-se em preocupação do quotidiano, de tal modo que praticamente faz esquecer a crise, não que esta não nos afecte, mas foi tomada literalmente de assalto por um novo problema. O que se conta - e acredito que tenha a sua ponta de verdade, pois onde tem fumo tem fogo - é que os amigos do alheio saqueiam tudo o que encontram e procuram o que para nós estaria esquecido: desde carros de mão, baterias de camiões, motores de rega, portões velhos... Sendo que tal parece não bastar, pois parece que não se limitam a recolher todo o ferro-velho, por vezes novo, também se fala que andam mascarados pela calada da noite ou mesmo durante o dia. Sei que por vezes acontecem determinados episódios, mas creio que ninguém se lembra de um clima de insegurança como este assolar a nossa região.

 

É urgente reverter a situação, o que passa por credibilizar a acção das forças de segurança, algo que não acontece devido a alguns episódios que, tendo ou não acontecido, são contados pela voz do povo de tal forma que as mesmas forças de segurança saem descredibilizadas. Não me cabe revelar acontecimentos pois tenho absoluta certeza de terem acontecido, contudo, o que a população sente é que quando necessita das forças de segurança elas não estão disponíveis. Aliás, corre mesmo o boato segundo o qual foi dito para ligarem para o Posto vizinho, quando lhe cabe desenvolverem todos os esforços para defender a população. Um problema agravado pelo percepção de que são inoperacionais perante determinadas camadas da população.

 

Num cenário desta natureza, como representante do Governo peço, creio que em nome da maioria, ao Sr. Governador Civil para desenvolver todos os esforços no sentido de fazer reverter esta situação, pois de outra forma não sabemos quem nos acode e não creio que a justiça popular seja solução.

publicado por José às 10:32