Peço desculpa aos leitores mas estes dias não foram os mais adequados para reflexões mais ou menos profundas, embora o tenha feito por impulso e indignação no blog de Nelas. Como alguns sabem entrei mal o ano, mas como não quero falar sobre mim nem sobre o quotidiano da capital é melhor ir ao que interessa. Poderia fazer um balanço sobre o ano de 2007 mas o esforço necessário quando comparado com os resultados afasta-me de tal ideia, até porque quem quiser fazer esse exercício pode percorrer este e outros blogs da região. Também me abstenho de especular sobre 2008, interessa-me apenas reflectir sobre o momento actual, sendo um exercício que, como acima refiro, realizei em parte no outro blog.

Bem, vamos ao que interessa. O título do texto refere-se não apenas ao novo ano, ou à necessidade de olhar em frente, serve também de primeira leitura sobre o novo Planalto. Convém referir que não prometo a minha colaboração, pelo menos para já, até porque de momento nem computador tenho e preocupações não me faltam. De qualquer forma, caso volte a colaborar com o jornal da nossa terra será como sempre foi: ao meu ritmo. Relativamente aos conteúdos, creio sentir-se o que se pode designar com um realinhamento editorial que o coloca mais próximo da comunidade de crentes e mais distante da sociedade civil.

Como sabem sempre defendi o contrário, pois sempre considerei que o Planalto constitui (ou constituía na altura) um património valioso, não exclusivo do que designo como comunidade de crentes, mas um património pertencente a todos. Sem com isto esquecer que o título é propriedade da Igreja e, por outro lado, que a dimensão religiosa faz parte do nosso quotidiano me celebrações que ultrapassam a esfera do privado, refiro-me, por exemplo, às procissões e romarias com todo o seu simbolismo. Perante o exposto faço votos para que regresse um pouco da ideia deste Planalto , sem que se perca o contributo tão importante dos colaboradores de diversas localidades, constituindo um documento inegável para a nossa história, ao darem conta do ritmo das colheitas, mas também da vida do nosso povo - desde nascimentos a momentos de dor. Mas essa ideia de Planalto também deve merecer uma leitura mais transversal dos acontecimentos (atenção que não falo, pelo menos exclusivamente, da política partidária), promovendo o debate público e encorajando a cidadania.

Se for para promover esta ideia de Planalto, após este momento que estou a passar, podem contar comigo, pois acredito estarei a dar um contributo válido ao concelho. Naturalmente que não pretendo impor modelos, são possíveis outras ideias de Planalto, embora seja em todo caso necessário reflectir sobre a viabilidade de projectos que se autolimitem em termos de público-alvo - para mim deverá ser a comunidade local ou distante mas com raízes locais..

publicado por José às 19:28