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Sábado, 23 / 06 / 07

Tradições populares

Confesso que eu próprio tinha esquecido uma das tradições populares associadas aos designados Santos Populares, o que não quer dizer que um dia em conversa não possa recordar. Refiro-me à tradição de ir "retirar" os vasos das escadas e varandas das casas, para no dia seguinte cada um ser obrigado e ir confirmar na entrada da igreja se os seus vasos tiveram sorte. Pois nisto das tradições populares nem tudo é positivo. Embora os vasos agora sejam na sua maioria de plástico, as flores e mesmos alguns vasos podem não ficar em bom estado. Lembro-me que em noites como esta se ficava em alerta até de madrugada, sendo que muitas vezes não valia de nada, pois no momento em que se vacilava os vasos lá iam.
Não quer com estas palavras manifestar o meu apoio por esta tradição, nada disso. Apenas quero contrapor uma vivência diferente da de outrora, onde só em conversa esporádica se evocam tradições mais remotas. Embora, naturalmente, Lisboa tenha as suas tradições, mas não foi no convívio dessas tradições que cresci.
publicado por José às 22:10
Sexta-feira, 22 / 06 / 07

Verde é o Folhadal

Claro que tomo o título daquela tal campanha publicitária, a diferença é que, sobretudo nesta Primavera adiada, o nosso Folhadal é de facto verde. Deixo de fora as atribulações clubísticas , não me interessam para nada, interessa-me a vida associativa, não me interessam contrapoderes .

Normalmente na entrada do Verão está tudo seco e dourado, para não fazer em ardido e transformado em cinza. Este ano está tudo verde. É bonito de ver, embora tenha os seus riscos, pois se a temperatura aumenta lá teremos o drama de todos os anos.

No fim-de-semana passado, quando vinha de comboio no percurso sensivelmente entre Mortágua e o Luso, pensei para comigo: este verde chega a invadir o caminho-de-ferro! Confesso que a beleza de tal verde me assusta, pois a registar-se a época de incêndios dos últimos anos constitui um risco enorme e nada parece ser feito. Ao contrário dos últimos anos creio que este ano não terá sido feito o desbaste das árvores e o corte dos arbustos que invadem a linha. É bom que se faça em tempo útil.

publicado por José às 15:43
Domingo, 17 / 06 / 07

Produtos da nossa terra

Com a globalização a afectar até as economias mais fortes importa valorizar-se tudo o que é realmente nosso. E essa valorização começa na carteira e acaba na mesa de cada um. Ou até antes, para os poucos que ainda se dedicam à agricultura e à produção de frutas, neste caso.
 


Escolhi dois dos ícones da nossa terra: a produção vitivinícola, naturalmente porque é o produto por excelência da nossa região, embora ameaçado ou pelo menos cada vez mais remetido à lógica de uma produção mais exigente, praticamente banindo o pequeno produtor. Sendo que este ano com a invernia que tem ocorrido fora de horas a produção corre inevitáveis riscos.


A produção de figo - não porque tenha expressão de relevo, mas porque sempre esteve ligada à economia doméstica. Quem não se lembra do figo como complemento alimentar para alimentar o porco da família que depois seria morto meses depois? Infelizmente na nossa terra a produção de figo nunca foi pensada numa lógica de mercado, felizmente serve o mercado de troca informais, assim chega para todos e talvez se aguentem as figueiras nos próximos anos.
publicado por José às 21:38
Domingo, 17 / 06 / 07

Promessas cumpridas

Está em vias de ser uma realidade o "entubamento" prometido da Estação de Tratamento de Águas Residuais. Não sei se lhe deva chamar ETAR II do Folhadal , pois a outra nunca terá na verdade funcionado, dezenas de anos depois, veremos se também será desta que funcionará.


Não discuto as opções técnicas encontradas, nesta fase apenas creio que interessará garantir que o dique de retenção da água será reposto após este "entubamento", como conto que isso aconteça resta agradecer a intervenção directa da Sr.ª Doutora Isaura Pedro num processo herdado. Veremos como fica e se a ETAR dará resposta às necessidades locais, colocando um fim ao que já denunciei aqui no blog relativamente à ETAR de NELAS. Para já o que conta é que afinal existem pessoas na política que cumprem as suas promessas, isso é o mais importante do momento.



Este desperdício de dinheiros públicos poderia ter sido evitado caso o anterior Presidente da Câmara tivesse mostrado a abertura suficiente para dialogar, mais do que isso, para saber ouvir, pois tratou-se de uma localização imposta. Na devida altura defendi que fosse realizada uma reunião na Associação onde a autarquia elucidasse cada um de nós e fosse capaz de redefinir a sua posição em face da posição do povo. Isso não foi feito, como bem se lembram. Posteriormente, a pedido de várias pessoas publiquei e enviei uma carta aberta à actual liderança autárquica, sendo esta a resposta prática a essa carta.
publicado por José às 21:05
Domingo, 17 / 06 / 07

Sinais de degradação

Estas imagens são novas, todavia apresentam situações várias vezes aqui repetidas partilhadas no já saudoso Planalto.

Refiro-me, como podem confirmar, ao ediíficio que durante anos funcionou como Ciclo Preparatório de Nelas ou Escola Preparatória. Já teve uma placa a dizer "Vende-se", não imagino qual o seu futuro. Sei que o país está em crise, mas contínuo a achar que seria o local ideia para instalar um futuro Museu Etnográfico, sobretudo num momento em que tudo parece desvanecer-se como mera memória.



A última imagem é mesmo do Folhadal, também ela vezes sem conta já exibida, aliás foi uma das imagens que serviu de "desafio" na altura aos candidatos à autarquia. Sei que se trata de propriedade privada, contudo está em causa a saúde pública e o risco de ocorrer alguma tragédia, pois o telhado ameaça cair .


publicado por José às 20:49
Segunda-feira, 11 / 06 / 07

Clima de inquietação

Enquanto não regresso a temas exclusivos da nossa terra creio que não será excessivo voltar a um dos principais temas, talvez mesmo o principal, da agenda mundial. Sendo que é também um dos temas, ou deveria ser, da agenda local - felizmente uma das rádios verdadeiramente locais já se lembrou de trazer o tema ao éter. Falo, claro está, das alterações climáticas. Até a televisão pública prescinde por minutos da luta pelas audiências para apresentar alguns exemplos exemplares, bem como alguns número (Ai Quioto! Ai Quioto!).

Sabem o que é assustador no meio de tudo isto? O país já excedeu em muitos as metas previstas para 2012, o que o obriga a desembolsar (lá vamos pagar todos), mas nada se faz para reverter a situação. Não quero com isto culpar apenas os responsáveis políticos, estamos também perante uma importante expressão de cidadania, mesmo que não se expresse, nesse caso irá expressar através dos euros que o país terá de pagar de multa.

Os exemplos exemplares mostram cidadãos unidos em redor de uma causa, cidadãos que andam a pé, dão o devido destino aos lixos que produzem, usam energias alternativas, plantam árvores para que seja retido o dióxido de carbono… Ah! Sem que seja uma manifestação de nacionalismo devasso têm sido apresentados alguns cálculos interessantes. Não é para me gabar mas é um dos aspectos a que dou toda a atenção. Refiro-me neste caso à ida às compras. Os cálculos apresentados sugerem que se devem comprar produtos nacionais pois os produtos importados são responsáveis por uma importante percentagem de emissões de dióxido de carbono. Seria bom que cada um de nós fizesse esses cálculos em cada ida ao supermercado, creio que seria a melhor expressão de negar a globalização. Ainda não sei porque motivo nada se faz.

E a floresta? Num concelho completamente nu nem uma árvore se planta, nem um gesto, nem uma voz se ergue. Só nos resta pagar caro esta insensatez. Mas haverá dinheiro que pague a saúde do planeta? Não creio, pois se o dinheiro ajuda a curar as nossas maleitas muitas vezes não nos salva, com o planeta o problema é idêntico apenas muda a escala. Nem como uma médica na presidência teremos salvação, caso a receita não seja prescrita a várias mãos.

publicado por José às 22:04
Terça-feira, 05 / 06 / 07

Dia Mundial do Ambiente

Numa altura em que o mundo olha cada vez mais para a defesa da natureza como um empecilho a um modelo de desenvolvimento que nos engole enquanto cidadãos, para nos encarar como agentes económicos ou, e sobretudo, como consumidores, comemora-se hoje o Dia Mundial do Ambiente.
Trata-se cada vez mais de um Dia da Memória, pois o espaço natural apresenta-se cada vez mais ameaçado. Por outro lado, quem defende o ambiente volta a ser mencionado como radical ou mesmo como louco. Naturalmente que de um lado e do outro existem radicais. A questão aqui é que não deveria existir nem um lado nem o outro, apenas a defesa do interesse de todos, ou seja do Planeta.
Não é fácil mudar mentalidades, quer nacionais quer internacionais, basta ver o exemplo das alterações climáticas, parece que finalmente surgem na agenda das prioridades, mas após anos de intensas pressões. Já nem falo no efeito do mercado de emissões sobre a agenda política ou mesmo da teimosia em se consumir energias fósseis não renováveis e poluentes.
Este é em poucas palavras o contexto em que se comemora o Dia Mundial do Ambiente, embora cá pela capital a agenda tenha sabor eleitoral. O ambiente não deveria ser isto, uma espécie de obrigação ao qual poderemos escapar, o ambiente deveria ser, isso sim, alvo do empenho voluntário e espontâneo de todos nós. Se todos nós encararmos o exercício da cidadania dessa forma, será preciso tão pouco para fazer retroceder tanta degradação espalhada pelos vários cantos do mundo, começando pela degradação das condições de vida de alguns de nós. É preciso devolver ao Homem e ao Planeta a dignidade que merecem.
publicado por José às 14:17
Blog do Folhadal e de todo o concelho de Nelas

Junho 2007

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