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Sábado, 30 / 08 / 08

Para que a nossa história não seja esquecida

Infelizmente a placa não é legível quanto desejaria, mas quem quiser confirmar os dados o melhor será parar por segundos no largo D. Dinis, ela lá está, esquecida mas lá está. O referido largo não lhe faz as devidas honras mas não é por isso que a nossa história deve ser esquecida. Aliás, para que a memória seja reactivada escrevo estas palavras e insiro esta imagem, para que pelo menos 722 anos de história mereçam a devida recompensa - sejam recordados e deixados às gerações seguintes.

Se esta é apenas uma placa evocativa a nossa terra tem muito para cuidar e mostrar. Ao longo de vários anos tenho por diversos meios divulgar o que temos e lembrar a todos que a sua protecção apenas depende de nós. Em traços gerais relembro o pelourinho, a Igreja de Nossa Senhora da Tosse (anteriormente capela), as sepulturas antropomórficas, a anta ou dólmen e o esquecido Buraco da Moira, tentei antes do verão redescobri-lo mas foi impossível, pois o mato é tanto que exige uma intervenção para o efeito, isto só para lembrar alguns exemplos.

Perdeu-se um pouco da história do Vale do Gato com a venda das pedras das casas que outrora foram pedras de uma estalagem de apoio à rota do sal que vinha dos armazéns no Carregal do Sal e depois era distribuído em todo o planalto e na Serra da Estrela. Faz-nos falta o levantamento de todo esse património, pelo menos um levantamento concertado. Do mesmo modo, faz falta um levantamento de todo o património oral, mas aqui já se perdeu quase tudo com a morte das pessoas. É esse o caso da lenda do Buraco da Moira, mas também das cantigas que acompanhavam as culturas e as festas pagãs.

publicado por José às 13:20
Sábado, 16 / 08 / 08

O abandono das fontes

Não sei como foi resolvida a questão, pois a minha vida tem os seus afazeres como qualquer outra, além do mais nem sempre estou na nossa terra, de qualquer modo não posso ignorar o que se passou com as duas principais fontes. Como devem saber, uma delas teve afixado o aviso "Água imprópria para consumo" e a outra não. Até aqui tudo bem, não fosse o facto de serem abastecidas pela mesma nascente e ter sido afixado o dito aviso na fonte mais próxima dessa nascente.

O facto do Folhadal, ou qualquer outra localidade, ter abastecimento público de água isso não deveria ser sinónimo de abandono das fontes tradicionais. Por um lado porque as populações continuam a abastecer-se dessa água, sobretudo para beberem pois confiam mais nela e preferem-na; por outro lado, porque a água das captações públicas de água porde, em situações de carência, não chegar para todos ou então pode ocorrer alguma situação que impeça o abastecimento das populações.

Por tudo isso e porque a água é um bem absolutamente fundamental para a vida humana e não humana cabe-nos a nós todos, principalmente aos poderes públicos, zelar pela manutenção das nascentes e pela monitorização dos parametros de qualidade, assim como pelo funcionamento dos fontenários públicos. Especificamente quanto à monitorização da qualidade da água seria importante existir informação à população, não apenas pela Internet, mas com divulgação de proximidade, por exemplo, afixando informação junto dos fontenários, desde que seja de fácil interpretação pelas populações, pois a informação técnica só os técnicos conseguem interpretar. Poderia ser apenas algo do género: "Água (im)própria para consumo, análise realizada no dia tal".

publicado por José às 11:00
Blog do Folhadal e de todo o concelho de Nelas

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