Num momento de crise prolongada como esta as ditas pequenas coisas são quem mais sofre, sobretudo porque inovação nem sempre surge acompanhada de medidas de combate à crise, além do mais, a resolução da crise não é vista como uma medida de longo prazo, apenas o tradicional remendo. As actividades de ocupação de tempos livres nas férias, mais conhecidas por ATL’s estão entre esses exemplos. Ainda este fim-de-semana em conversa surgiu a questão: “Mas que actividades podem os nossos jovens fazer?”. Esta é de facto uma questão pertinente com respostas simples, na verdade são mais sugestões que respostas. Este tipo de actividades tem um formato quase sempre muito fechado, no entanto, faz todo sentido abrir o formato e inovar.
Uma das coisas que mais consternação me provoca é a perda da tradição oral na nossa terra e na nossa região. Neste caso concreto refiro-me às cantigas que as pessoas mais velhas ainda vão trauteando, mas que se não for feito um trabalho exaustivo de recolha rapidamente toda essa tradição se perde. Ora, seria uma actividade muito interessante para ser executada pelos nossos jovens no Verão, começando pelos familiares e vizinhos e depois trocando experiências com os jovens de outras localidades. Acredito que se fosse tudo devidamente organizado teria resultados até na própria formação desses jovens e na relação com os mais velhos.
Outra actividade possível, pela qual me tenho batido desde sempre, é a da marcação da rota do património local, que no caso do Folhadal passaria, por exemplo, pelas sepulturas antropomórficas, pelo Buraco da Moira e pela orca. Após um primeiro levantamento e reconhecimento do local os jovens poderia contribuir para a limpeza dos caminhos e para o estabelecer de percursos pedestres a incluir num roteiro turístico. Creio que seria do maior interesse para todos, quem sabe no próximo ano alguém agarra nestas e outras sugestões.
publicado por José às 09:23