Não poderia deixar terminar o ano sem fazer uma muito (mas muito) breve reflexão sobre o ano que finda, sem que se entenda como balanço, pois tal necessitaria de um exercício de análise mais aprofundada, o que exige tempo e faria sentido num espaço mais alargado, tendo presente que para além do blog também existe vida.
Refiro apenas 3 pequenos exemplos, sem critério de escolha, são apenas os que neste momento o meu pensamento retém. São eles o fim do nosso Planalto, a consolidação do actual poder autárquico e as notícias sobre o despedimento de trabalhadores no nosso concelho, como sintoma de uma economia global que vai e vem de acordo com a tendência de lucro fácil.
Sobre o primeiro tema já falei muito, não deixo de reforçar o meu lamento, sobretudo perante o facto de não surgirem interessados em manter algo que fazia (ainda fará?) parte da nossa identidade. Vivam as lógicas comerciais! Vivam as lógicas locais! Vamos deitar fora a memória! Vamos ignorar quem fomos e o que somos! Naturalmente que me sirvo de algum sarcasmo para atirar com estas reais atribulações de um progresso que nada mantém mas tudo reduz a escombros.
Relativamente ao segundo ponto, importa referir que existem sempre dúvidas e suspeições em momentos de transição, sobretudo para o outro extremo. Não vou comentar querelas políticas, muito menos a repetição de episódios que se podem escutar aqui ou acolá, apenas me interessa uma dimensão que considero importante – sem a participação efectiva dos cidadãos nas decisões não existe democracia participativa, na verdade nem democracia existe. É indispensável envolver cada vez mais os cidadãos nas diversas iniciativas que lhe dizem respeito, sejam eles de que cor partidária forem, pois em democracia não existem nem cunhadas, nem parentes e nem afilhados, apenas existem cidadãos.
Por último, o grave problema do encerramento da Johnson Controls. Infelizmente o investimento estrangeiro surge associado a estes riscos, seja em que país for, tanto retira uma região da miséria como a coloca na miséria. Embora a situação no nosso concelho não tenha, felizmente, esse dramatismo é verdade. Quem não se lembra dos empréstimos do Banco Mundial? Portugal e muitos países do hemisfério sul viveram os constrangimentos impostos por tais empréstimos, destinados a retirarem os países da crise mas que na verdade, pelas fortes imposições, tinham um efeito exactamente contrário. Faço votos para que tudo se resolva da melhor forma ou, no limite, que sejam encontradas soluções para as famílias afectadas.
O modo de navegação é muito simples, tipo caixa Multibanco, basicamente com menus do lado esquerdo e do lado direito e com os conteúdos a sairém no corpo do interface. A estrutura base é dada pelos menus superiores, que basicamente correspondem a produtos disponibilizados ou ferramentas:
Quem possui equipamento mais antigo pode estranhar o aspecto, para melhor visualizar o Ecoline é necessário alterar as definições do monitor para a resolução 1024 por 768, o que é algo muito simples de fazer, basta que no Ambiente de trabalho clicar com o botão direito do rato e nas Propriedades ir às definições e escolher 1024.
Não será excessivo dizer "O meu Ecoline ", não porque esteja a falar de uma das possibilidades do sistema mas porque estou envolvido desde o primeiro dia, o que significa ter da minha parte 7 anos de envolvimento. Eembora este projecto em concreto tenha 2 anos, todavia esta é somente a dimensão de divulgação de conteúdos (excepto alguns produtos), o que equivale a afirmar que a recolha foi anterior.
Como tinha mencionado anteriormente, o Ecoline deu hoje os primeiros passos na sua partilha com o público da internet, na verdade alguns dados do Ecoline já foram referidos algumas vezes em debates públicos e publicados alguns artigos em jornais de referência.
A estrutura tem poucos elementos gráficos básicos, pois o objectivo presente passou por construir uma infra-estrutura estável e capaz de suportar vários conteúdos, sendo que alguns conteúdos inseridos podem ser alvo de eventual alteração, o essencial foi mostrar todas as potencialidades e o que de novo se fez, entretanto a inserção de materiais irá prosseguir, até porque existem.
Acredito que o Ecoline se pode transformar numa importante referência, não apenas para os especialistas das questões ambientais ou em divulgação de ciência, mas a todos, naturalmente, além dos citados, com particular destaque para professores e alunos, bem como decisores e membros, associações de nacionais ou locais, sem esquecer os decisores e os media, entre outros.
Deixo por isso o endereço do Ecoline:
http://ecoline.ics.ul.pt/
Está quase a chegar o momento de ser tornar público algo em que tenho vindo a trabalhar, naturalmente integrado num grupo mais vasto, desde quase tempos remotos. No meu caso, vários anos após ter enfrentado a tarefa de recolher um enorme manancial de informação. Esse primeiro momento transformou-se nos últimos 2 anos na construção de uma plataforma de divulgação científica na área do ambiente, o Ecoline , uma iniciativa integrada no Programa OBSERVA - Ambiente, Sociedade e Opinião Pública - uma parceria entre Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ICS-UL /ISCTE). Será assim que na manhã da próxima terça-feira decorrerá o lançamento público desta enorme plataforma.