Com novos rostos a dirigirem o nosso concelho reforço a ideia da necessidade de se cuidar do que a todos pertence, exemplifico com duas fotografias, sem que sejam novidades servem de alerta relativamente ao que está mal e se pode mudar, bem como relativamente ao que se está a esquecer, sem que se deixe memória sequer.
No primeiro exemplo surge-nos a velha bomba de água na rua que vai para o Picoto, que foi outrora uma nascente com acesso por umas escadas, depois quiserem modernizar e deu no que se pode ver. Essa mesma modernidade também acabou com a necessidade dos animais beberem água ao longo do seu pesado percurso. Uma coisa parece certa, nada justifica o virar de costas.
A segunda fotografia vai da linha de anteriores sugestões para a constituição de um Museu Municipal capaz de honrar passado e presente. Esta velha talha simboliza muitas das anteriores relações do homem com a terra e com os animais que alimentava com o intuito de posteriormente virem eles a alimentarem os seus entes. Falo dos usos da talha como reservatório para guardar azeite, mas também da talha usada com os enchidos.
Embora não sejam os melhores exemplos para falar sobre a questão penso que se justificaria, igualmente, uma Museu (naturalmente que pode ser apenas um) dedicado ao Vinho do Dão, sendo a nossa terra o "Coração do Dão". Fica a ideia, com algumas antigas adegas em estado de abandono penso falta não apenas dinheiro, falta interesse e falta coragem para se encarar tudo isso como um desafio para as gerações futuras.