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Terça-feira, 13 / 09 / 05

Tribal 2005

Só agora insiro estas duas fotos no blog relativas ao festival Tribal ocorrido em Agosto na nossa terra, sem dúvida mais uma iniciativa, de alguma forma inéditas, dos nossos jovens, uma prova do seu já saber fazer e das redes q se estabelecem a partir das primeiras iniciativas, faço votos q não parem. Aguardamos pelo Tribal 2006.

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Da minha parte, lamento ter falhado a colocação do cartaz on-line, ficam por agora algumas das fotos, se for caso disso colocarei outras, mas penso q estas são um bom exemplo do q se passou e dos intervenientes na festa, falta uma com o público, mas isso somos todos nós.

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publicado por José às 09:56
Segunda-feira, 05 / 09 / 05

O Folhadal e as eleições autárquicas

Srs. Candidatos à Câmara Municipal de Nelas ainda bem que escolheram locais como estes para colocarem os vossos placares de campanha, pois representam o passado e o que deverá ser o futuro, seja qual for o vencedor. As imagens são a esse título bem expressivas.

A PROVOCAÇÃO
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Da forma que o edifício está e com os riscos para a saúde pública que comporta o lema da campanha do actual presidente e do PS soa mesmo a provocação.

O DESAFIO
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Será que a escolha deste local equivale a dizer que no futuro o Folhadal terá uma entrada que o dignifique? Fica lançado o desafio à candidata do PSD/CDS, pela ideia da colocação do cartaz naquele local, mas fica também o desafio a todos e quaisquer candidatos que se lembrem desta terra.

Maria Eugénia / José Gomes Ferreira
publicado por José às 09:49
Segunda-feira, 05 / 09 / 05

Pela nossa terra, pela nossa juventude (in Planalto Agosto de 2005)

De forma já recorrente sirvo-me do momento eleitoral para levar a minha mensagem aos candidatos, porventura dispersos em lutas de aparelhos de partidos ou, pior ainda, com razões mais pessoais do que do interesse da comunidade. Isto para não falar num artificial sentido de oportunidade atribuído a diversas questões, sobretudo para cuja decisão não podem contribuir. Refiro-me, em particular, à discussão sobre a criação ou não do concelho de Canas de Senhorim, do qual muito se fala e não se vislumbram decisões, pois estas não passam pela esfera local, mas assim não se torna necessário os candidatos debaterem com os eleitores eventuais questões fundamentais. Em suma, trata-se de um problema que urge resolver mas que no contexto eleitoral facilita algumas fugas às questões relevantes para o nosso concelho. Sei que alguns leitores se podem perguntar sobre que assuntos mais importantes se devem os candidatos debruçar, naturalmente que essas prioridades devem ser estabelecidas pelos respectivos programas eleitorais e não por mim. Embora cada um de nós possa olhar para o lado e fazer a sua própria lista de prioridades, limito-te aqui a dar o mote: povoamento florestal, ordenamento urbano, saneamento básico, preservação do património natural e construído…
É assim que mais vez junto em palavras as pessoas, as suas preocupações e as situações do seu dia-a-dia no nosso Folhadal. Mais uma vez faço-o sem ter a pretensão de ser a sua voz ou de me colocar no lugar de guia do saber. Pelo contrário, um dos aspectos que mais me agrada é ver emergir na nossa terra, sobretudo entre a juventude, uma massa crítica transposta para momentos de labor expresso em vários contextos. Uma forma de estar que contribui, erradamente, para que outras gerações olhem com algum desdém toda essa energia, tantas vezes confundindo expressões estéticas com comportamentos errantes, argumentos de toda a conveniência quando não se está receptivo à mudança numa sociedade assumidamente pluralista.
Naturalmente que a juventude tem os seus problemas (e expectativas), mas quem os não tem? Mais importante ainda, mas quem não foi também jovem? Só não vê quem não quer, para mim parece-me inegável a capacidade de realização da juventude da nossa terra, mesmo tendo de lutar contra as vozes alheias e contra a falta de apoio dos poderes políticos. Aliás, com as suas acções de rejeição, eles mesmos facilitam a criação de uma imagem-tipo da nossa juventude, por sinal uma imagem pouco abonatória. É importante reconhecer a capacidade de iniciativa dos nossos jovens e entender que ajudar não implica obrigatoriamente dar uma contribuição monetária, tantas vezes passa apenas por expressões de boa vontade e por apoio logístico. Tudo isto, que mais não seja, para se fazer sentir a estes empreendedores que vale a pena o seu esforço e que eles são a nossa esperança, e não o nosso inferno como se ouve pelos cantos. Relativamente a esta questão do apoio logístico, o que se perspectiva é que possa ser uma autarquia vizinha a apoiar tais iniciativas, o que no presente momento seria um verdadeiro escândalo.
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Nelas, Srs. Candidatos às eleições de Outubro próximo e Srs. Eleitores, sem discriminação de género, ignorar a capacidade de organização, de eventos culturais ou de outra índole, dos jovens do Folhadal (à semelhança dos jovens de qualquer localidade do concelho), fazendo uso de termos nada promotores do diálogo, que mais não seja multigeracional, fazendo uso de tons pouco afáveis, como para espantar os pardais do quintal, fazendo uso de estereótipos, para não darem o braço a torcer, só se pode expressar através de uma palavra: VERGONHA.
Ainda está bem presente o exemplo da organização do Rock in Mondego. Não sei de quem foi a culpa directa mas sou obrigado mencionar o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Nelas, por eventual falta de vontade ou por mera indisponibilidade em apoiar semelhante iniciativa. Não quero com isto afrontar pessoalmente o Sr. Presidente, não tenho qualquer razão objectiva para o fazer, não deixo é de criticar o facto de não se associar a eventos como este, sobretudo quando o lugar que ocupa facilita o despoletar de vários outros apoios, exista vontade para tal. Infelizmente penso ser demasiado tarde para sensibilizar a actual equipa autárquica no sentido da mudança. No futuro, sejam quais forem os resultados eleitorais, a nova equipa terá um importante e nobre desafio pela frente: promover o diálogo com as populações que representa, quer se tratem de jovens ou não, e contribuir para a realização das suas expectativas.
Se é verdade que os poderes públicos têm uma importante responsabilidade a assumir, não apenas no que se refere aos nossos jovens, não é menos verdade que a dita sociedade civil não pode continuar de costas voltadas para a nossa terra. Escolho o exemplo da “rádio local”. Lamento que acabe por ignorar algumas das mais importantes iniciativas locais, no caso particular do Folhadal com destaque para o Rock in Mondego e o campeonato de Futsal. Mas quem fala na rádio local fala nos empresários locais e em fala na população em geral.
Em tudo isto penso que a maior dificuldade, ou pelo menos uma das maiores, prende-se com a vitória de um individualismo mordaz e arrogante, em que cada um trata apenas dos seus problemas, virando as costas a tudo o que o rodeia. Onde está o sentido de comunidade? Ou onde param as tão apregoadas solidariedade e relações de vizinhança? Apesar destas questões não me deixo vencer pelo pessimismo, pois em cada evento dou-me conta da união do povo, mesmo que os poderes políticos ou as elites lhe virem as costas. Mas um facto parece-me indiscutível, se queremos realmente apoiar quem merece, teremos obrigatoriamente de envolver toda a comunidade, colocando um ponto final à desconfiança sem sentido e a um tradicional mau hábito de se criticar tudo o que os outros fazem, sem que se apresentem alternativas. Se cada um puxa para seu lado não vamos a lado nenhum e ninguém nos levará a sério.

José Gomes Ferreira
publicado por José às 09:48
Segunda-feira, 05 / 09 / 05

O regresso do nuclear


Curiosamente no mesmo dia em que as nossas televisões divulgam a notícia sobre a inauguração da maior central de energia solar da Europa, situada na Alemanha, surge a notícia de que um grupo de empresários portugueses deseja investir em energia nuclear no nosso país. É preciso desde já notar que a ameaça do regresso na aposta nuclear para uso civil é uma ameaça que passa por vários países, mesmo a Alemanha tem sofrido pressões constantes nesse sentido nos últimos anos. Todavia esses países possuem, quer massa crítica suficiente para pressionar em sentido inverso, quer empresários com uma visão mais alargada quanto às possibilidades de investimento no sector energético. Assim como a opinião pública realmente activa e preocupada com estas questões.
Claro que a situação em Portugal é diferente. Ainda assim, se alguns se lembram o país viu irromper no final da década de 70 (sobretudo em 1978) enorme agitação contra a provável construção de uma central nuclear em Ferrel, concelho de Peniche. Entretanto, por via indirecta, partilhou com o outro lado da fronteira um período de forte controvérsia relacionada com a energia nuclear – estou a falar das acções de protesto na aldeia espanhola de Aldeadavilla, e que em alguns casos tiveram como palco Miranda do Douro e mesmo a cidade do Porto. Os protestos em Aldeadavilla, entre outras repercussões, tiveram o mérito de mostrar que a opção pelo nuclear levanta problemas de difícil resolução, refiro-me, sobretudo, ao grave problema dos resíduos nucleares, ainda hoje sem uma solução definitiva, em Espanha e no resto do mundo. Relembro que o objectivo era na altura construir um cemitério atómico numa cavidade semelhante a uma gruta onde os resíduos seriam “selados” durante várias décadas.
Convém também relembrar que muitos dos resíduos nucleares tiveram outros perigosos destinos, dos quais nunca mais se ouviu falar. Enquanto em Espanha o objectivo era selar os resíduos numa gruta, lamentavelmente pelos oceanos e mares devem existir numa mistura explosiva contentores com estes resíduos. Aliás as nossas águas territoriais chegaram a ser sondadas para a possibilidade de serem “enterrados” resíduos nucleares em contentores nas fossas abissais, nomeadamente dos arquipélagos. Como acrescento mediático, o país recebeu nos últimos 20/30 anos notícias constantes sobre a passagem de navios com estes resíduos, procedentes principalmente das centrais nucleares francesas e com destino às unidades de reprocessamento no Japão. Estes são alguns exemplos do historial do problema da energia nuclear à escala nacional, mesmo não tendo nós essa energia.
Sobre a actual proposta de investimento nesta tecnologia importa esclarecer um aspecto: ao contrário do que foi anunciado o problema do nuclear não é, apenas, o problema do controlo das armas nucleares. Os novos investidores esquecem, nomeadamente, a tragédia em Chernobyl, na actual Ucrânia, em Abril de 1986, cujos efeitos ainda hoje estão a ser estudados. Mas não vamos mais longe. O problema das avarias e eventuais fugas radioactivas fez-se sentir durante vários anos mesmo no nosso país, pois se é verdade que Aldeadavilla poderia afectar o rio Douro até à foz, também é verdade que centrais como a de Almaraz, fizeram do Tejo em diversos momentos um rio radioactivo.
A novidade deste anúncio público para o nosso concelho tem a ver com a promessa de recuperação das minas da Urgeiriça. Pela minha parte confesso que essa intenção me deixou inquieto. Todos sabemos que é grave a situação das minas da Urgeiriça e pode igualmente ser grave a situação do rio Mondego, em vários momentos do passado medições feitas na zona da barragem de Aguieira vieram suscitar alarme, embora rapidamente tenha sido ignorada a gravidade da situação. Importa é que se saiba que a recuperação das minas vai avançar independentemente do novo investimento previsto, pois felizmente tem sido uma promessa dos diversos decisores políticos prestes a ser cumprida.
Fica assim no ar é a possibilidade do anúncio do regresso das intenções de investimento na energia nuclear e da sua associação com as minas da Urgeiriça não ter sido inocente, sobretudo sabendo nós que uma central necessita de muita água corrente para arrefecer os reactores. Não creio é que esta região corresponda ao local ideal para se fixar uma unidade tão perigosa como uma central de produção de energia nuclear, não deixa é de nos fazer recear o pior, um receio que da minha parte gostaria de ver desmentido. Na verdade, gostaria de ver desmentida quer essa eventual localização como qualquer outra localização, pois o país não precisa desta forma de energia, é rico em fontes energéticas verdadeiramente renováveis e com riscos reduzidos.
Não sei o que pensam os leitores sobre a questão, mas parece-me ter algum sentido de oportunidade anunciar este investimento num momento em vivemos uma das maiores crises energéticas de sempre. Na minha opinião, seria de igual ou superior relevância o país ver anunciados investimentos em formas energéticas verdadeiramente alternativas, cumprindo Quioto e investindo num futuro com menores riscos. Ao contrário do que foi anunciado a energia nuclear não é a solução para todos os nossos problemas energéticos. Se existem soluções com menor risco, embora podendo ter menor rentabilidade a curto prazo, devem ser equacionadas com prioridade absoluta e devem merecer maior atenção por parte de todos, quer sejam empresários, políticos ou apenas cidadãos. Ora, isso implica que não nos atirem areia aos olhos com promessas de enriquecimento do país através de uma valência que o pode é colocar em risco de modo irremediável.

José Gomes Ferreira

P.S. Agradeço o facto do Planalto ter ilustrado na edição imprensa este meu artigo com uma foto
publicado por José às 09:45
Quinta-feira, 01 / 09 / 05

Actualização

Prometo em breve actualizar o blog, seria hoje não fosse o facto de ter mudado de cada e não fosse o facto de ter esquecido a caneta com as fotografias no meio da arrumação/desarrumação, logo q possa o farei, até porque tenho vários artigos já publicados no Planalto ainda não inseridos no blog.
publicado por José às 10:18
Blog do Folhadal e de todo o concelho de Nelas

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